Como o grafite impulsiona a Economia Criativa?

UMA COLABORAÇÃO ARCA x PIXEL SHOW

Com base na criatividade e no capital social, a Indústria Criativa é um setor do mercado que se manteve em alta mesmo com a pandemia. A economia criativa se aproveita de algo que o ser humano tem de sobra: ideias criativas para mudar o mundo ao seu redor (mesmo que, muitas vezes, esqueça-se disso).

Com mais de 20 nichos em diferentes setores do mercado, a economia criativa está inserida nos eventos, artes, produções audiovisuais, publicidades, turismo, gastronomia e outros serviços que envolvem processos socioculturais, pessoas ou conexões entre espaços e humanos. Englobados nesse mercado está a música, o grafite e filmes, uma vez que esses comercializam processos e ideias que refletem a cultura de um espaço ou de um grupo.

Mas nem tudo é um mar de rosas. Crucial para a contínua expansão da indústria criativa é a educação e a profissionalização de grupos em vulnerabilidade social. Além de gerarem renda para os setores impactados pela indústria, o impacto cultural e social da inserção desses grupos é imenso - perspectivas, histórias e realidades diferentes da 'bolha' provocam a mente daqueles que a habitam. A arte borbulha, a cultura herda e o povo reflete. 

A importância da economia criativa

Atualmente, a economia criativa tem sido alvo de discussão do Governo e por diversas empresas, dada sua importante alternativa de geração de emprego e renda. Hoje, a economia criativa brasileira representa 4,5% do PIB do país (sendo que, mesmo com a pandemia, o setor de venda de processos e criatividade continuou em alta, principalmente em design, audiovisual, gastronomia e games). 

A possibilidade da propagação de arte e cultura como bens de consumo também permite um acesso cada vez mais amplo de mentes novas e únicas ao mercado da criatividade. A presença da arte e cultura na rotina das pessoas, mesmo que momentânea, cria a possibilidade de reinvenção de cenários, valorização de aspectos sociais e culturais invisibilizados e ocupação de espaços públicos por diferentes identidades urbanas. 

A combinação de graffiti e fachadas

Um dos maiores adendos de uma economia criativa forte e pulsante - em âmbito nacional ou internacional - é a valorização e exploração de processos artísticos, culturais e sociais em momentos em que podem sofrer estigmas ou preconceitos. Um exemplo claro disso é o graffiti, que já ocupou o senso comum popular como uma expressão sem valor estético ou artístico.

Grandes nomes nacionais ganharam notoriedade no Brasil e no exterior através do graffiti, passando a estampar cor e criatividade nos muros de grandes metrópoles. Não é à toa que Kobra, Os Gêmeos, Alemão, Alex Senna e Binho Ribeiro são, hoje, tão requisitados. 

Com o crescimento do graffiti brasileiro em solos internacionais, muitas empresas passaram a ter interesse na arte de fachada para seus próprios estabelecimentos. Um exemplo disso foi o painel no complexo fabril da Cacau Show feito por Eduardo Kobra - que por muito tempo foi o maior graffiti do mundo - representando as origens do cacau brasileiro.

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